ABSTRACT
O presente trabalho teve como objetivo investigar a concordância entre o método manual (Rees Ecker) e automatizado (Cell Dyn 3700 - Abbott), buscando obter subsídios para responder os numerosos questionamentos levantados pelos profissionais acerca do método de escolha. Foi observada uma correlação positiva e significativa (r=0.86; p<0.05) entre os métodos e ausência de diferença significativa entre ambos. O coeficiente de variação intra-ensaio do método manual foi maior, portanto, exige padronização rigorosa e enorme familiarização com o mesmo. Foi observada uma tendência ao aumento para os parâmetros VPM (volume plaquetário médio) e PDW (amplitude de distribuição das plaquetas) nos pacientes que apresentaram plaquetopenia quando comparados aos resultados daqueles que apresentaram número de plaquetas dentro da faixa normal e daqueles com plaquetocitose. Este achado vem ressaltar a possível associação entre número de plaquetas, volume plaquetário e certos estados patológicos. Portanto, a medida do VPM possui potencialidade para uso em trabalhos de pesquisa visando aplicações clínicas. A presença de um profissional capaz de reconhecer as possíveis interferências dos métodos automatizados e manual e equacionar satisfatoriamente as situações "problema" torna-se indispensável.